PESCA À FRANCESA
A Pesca à francesa mantendo a sua essência no que diz respeito a uma maior eficácia quer na dissimulação com montagens muito mais sensíveis quer no significativo controlo que transmite ao pescador da movimentação do peixe no pesqueiro.
Este tipo de pesca é muito praticado em rios, pois permite o controlo perfeito da bóia mesmo com correntes.
Por ser uma técnica com objectivos de pesca a curta distância e com uma maior sensibilidade para peixe pequeno a médio, devem-se utilizar canas de encaixe, . Assim podemos aumentar ou diminuir o tamanho da cana durante a pesca.Depois de ferrado o peixe a cana é enviada para trás com o auxilio de um rolle também para termos mais sensibilidade, pois o peixe pode-se desferrar. Nas canas de encaixe e pelo facto de serem utilizadas baixadas e empates mais finos e no sentido de evitar algumas perdas desagradáveis quando os exemplares maiores "ferram", será imprescindível a utilização de um elástico ou mesmo de dois no interior dos últimos elementos dos kits da cana cuja finalidade consiste em controlar até certo ponto a força do esticão dado pelo peixe quando se sente ferrado.
Nesta técnica Podemos inclusive mexer a bóia para atrair o peixe para a frente, trás, esquerda ou direita com muita facilidade Quando chegarmos ao encaixe em que temos para a frente 3 ou 4m de cana desencaixamos e tiramos o peixe com o mesmo comprimento de cana e fio. Esta pesca só utiliza a baixada do tamanho idêntico à profundidade no local. Assim se tivermos 3m de profundidade colocamos uma baixada de mais ou menos 3,5m.
Os adeptos da conhecida pesca "directa", sem carreto, tem aqui uma oportunidade para melhorar resultados. A pesca directa, para quem não sabe, é uma pesca que se pratica com uma cana sem carreto e que leva uma baixada, fio mais bóia, anzol, etc, do tamanho da cana. O problema é que a pesca directa obriga ao uso de bandeiras, comprimento de fio que vai da ponteira até à bóia, muito grandes. Isto provoca uma grande dificuldade de ferragem, pois quanto maior é a bandeira mais tarde nós ferramos o peixe. Para pescas como a das bogas, peixe difícil de ferrar a pesca directa torna-se complicada. Por isto surgiu a pesca à francesa. Com algumas diferenças da directa esta é um pouco mais lenta mas muito mais precisa e segura.
Tendo sempre em conta a máxima sensibilidade que se pretende na Pesca à Francesa, as bóias terão que ser de reduzidas dimensões na medida do possível, isto é, adequadas a cada situação e conforme a profundidade, a corrente e o vento existentes.
Nos locais com alguma corrente ou águas agitadas serão mais indicadas as bóias em forma de pêra, bola oval ou bolacha, em virtude de serem mais estáveis no balanço com a corrente do que as outras bóias menos encorpadas e muito mais sacudidas pela força da corrente ou pelas condições adversas provocadas por ventos moderados e inconstantes. Pelo facto de a maioria das canas de encaixe serem fabricadas em fibras altamente condutoras de electricidade e pelo elevado comprimento que podem atingir, torna-se obrigatório que sejam tomadas algumas medidas de precaução quando os pescadores se deslocam com as canas montadas junto a fios de alta tensão ou quando as manejam sob o efeito de uma trovoada.
Engodagem
Quanto à engodagem inicial pouco à dizer, normalmente deita-se quase sempre cerca de 2 a 3 kg de engodo, cerca de 1m ou mais antes da bóia, consoante seja o fundo liso ou inclinado. O principal cuidado a ter, e que muitas vezes é fatal a muitos pescadores no inicio de uma competição são os buracos e as grandes inclinações.
Sondagem
O engodo, os iscos, os cereais, normalmente, excepto em situações muito especiais, vão para fundo. Assim muitas vezes convêm saber exactamente onde ele está. A colocação de profundidade a menos na nossa montagem, pode assim conduzir a que o anzol fique muito longe do fundo, nunca sendo visualizado pelo peixe. Já no caso de colocar profundidade a mais, acontece precisamente o contrário, é o peixe que vê o isco mas somos nós que não vemos os toques, visto que os peixes possuem uma grande margem de manobra para mexer no isco sem que a bóia seja afectada.Uma coisa que a todos nos deixa furiosos é prender anzóis no fundo. Quando o problema no fundo do pesqueiro são as pedras, estas são facilmente detectadas, bastando uma sondagem cuidada que cubra todo o pesqueiro. O problema para o qual se usa esta sondagem reside quando no fundo do pesqueiro temos raízes ou pequena escarpas de pedra de pequena largura e grande comprimento. O que acontece é que deixando cair a sonda até que esta toque no fundo não nos permite identificar estes pequenos relevos. É como querer enfiar o fio no buraco da agulha às escuras. Como estes obstáculos são finos vistos de cima e estendem-se por alguma distância nós vamos detectá-los não acertando neles, mas sim tropeçando nos mesmos ao arrastar a sonda pelo fundo:
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